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Entrevista para o portal Infomoney. Leia a íntegra

Até junho deste ano o mercado brasileiro de veículos elétricos leves mais do que dobrou, atingindo a marca de 79,3 mil emplacamentos. Isso representa um aumento de 146% ante os 32,2 mil registrados só no primeiro semestre de 2023, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A expectativa agora é de que o Brasil encerre 2024 com um recorde de mais de 150 mil veículos eletrificados vendidos, o que representaria alta de 60% sobre 2023. Com esses resultados, o Brasil chega à marca de quase 300 mil eletrificados leves em circulação no país desde 2012, início da série histórica da ABVE.

Entretanto, mais do que um simples avanço do novo conceito automotivo, esses números representam uma verdadeira dor de cabeça para condomínios espalhados por todo o país. Isso porque esse ganho de mercado expressivo vai representar também uma necessidade de instalação de mais pontos de carregamento, o que inclui uma demanda maior dentro de prédios e condomínios por todo o país.

Quais as regras?
Segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney, será preciso fazer assembleias para aprovação coletiva dos projetos dentro de prédios. No entanto, não há qualquer obrigatoriedade para que os condomínios disponibilizem pontos de carregamentos para veículos elétricos, até porque muitos prédios antigos podem nem ter estrutura elétrica necessária para esse tipo de demanda.

Caso seja aprovado a criação de infraestrutura para carregamento, o projeto deve ser custeado pelo condomínio, segundo o advogado Ricardo Trotta, especialista em direito condominial do Ricardo Trotta Sociedade de Advogados. Feito isso, o condômino que utilizar deverá arcar com os custos para a recarga de seu veículo, que deve ser individualizado.

O que fazer nos prédios antigos?
Segundo Trotta, no caso de prédios antigos, deve ser consultado especialista engenharia elétrica, que vai analisar a possibilidade ou não de instalação dos pontos de carregamento. “Infelizmente, existem edifícios que não possuem essa infraestrutura, assim como existem aqueles prédios que não suportam, por exemplo, a instalação de ar-condicionado. Em alguns casos, dá para modificar a estrutura de modo a suprir a demanda de energia que os carros elétricos exigem. Em outros casos, infelizmente, não há como fazer essa mudança estrutural, até porque não se trata apenas de uma simples tomada a mais”, explica .

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